Hathor
- Zana Machado
- 26 de out. de 2015
- 4 min de leitura

A grande mãe do movimento do amor.
Hathor é a deusa Egípcia da beleza, do amor, da alegria, da música e da maternidade. É a versão de Afrodite na Grécia ou de Vênus em Roma. Ela é a grande mãe que embala o cosmos em seu colo e lhe dá seu movimento pelo magnetismo do amor. No Egito, Hathor era simbolizada como uma vaca que continha o disco solar, doador da luz, entre seus chifres e tinha o seu abdômen repleto de estrelas, formando o todo o céu. Aqui, Hathor apareceu pela primeira vez juntamente com a Grade Rosa, afirmando seu aspecto nutridor e amoroso. Ela é também a grande vaca profana, rechaçada por séculos por nos trazer prazer, força e independência.
Quando Hathor se apresenta, carrega uma longa vara com uma flor de lótus em sua ponta. Nas minhas visões, esta flor é de uma cor rosa claro brilhante, seu cabo é preto e pontudo e a flor aparece com um lindo e luminoso cristal biterminado em sua frente. Quando precisamos de sua ajuda para limpezas profundas, Hathor bate três vezes seu cetro no chão e tudo o que não vibra segundo a sua energia se desfaz imediatamente.
Após a chegada da grade rosa, a Camila ouviu um som que parecia algo como Lator. E eu passei a noite toda vendo a imagem de uma linda e brilhante flor de lótus com um diamante bi terminado em sua frente, ambos sobre um pontiagudo cabo preto. Comentei com a Camila sobre esta visão e em suas pesquisas ela achou a flor de Hathor, a Deusa Egípcia. Depois disso começamos a contar com Hathor em nossos trabalhos.
Meses depois, em um dia em que eu me sentia especialmente angustiada, durante minha meditação, infinitas imagens do tipo “lixo” pairavam sobre a minha mente, saindo e saindo de mim como se aquilo nunca mais fosse acabar. Até que me deparei com o símbolo de Metatron, que se transformou na imagem de Nossa Senhora Aparecida, que logo se transformou em Jesus Cristo e novamente em Maria Aparecida, exatamente como a imagem, com sua pele escura e o manto azul em forma triangular, nos mostrando o caminho para o alto. Enquanto estas últimas transformações ocorriam, as palavras “Madona Negra[1]” pairavam em minha mente indicando a origem da imagem de Aparecida. Maria Negra se aproximou, me abraçou carinhosamente e disse que era a mãe de todas as mães e que sempre estaria por perto. Sentia-me infinitamente agradecida pelo seu carinho enquanto a via se afastar e se transformar inusitadamente em uma vaca. Me surpreendi com a transformação e coloquei luz sobre o animal para testá-lo e ele ficou resplandecente. Eu então me aproximei e arrisquei lhe fazer carinho, percebendo que seu pescoço era feito de largos e singulares anéis coloridos. Neste instante pensei em Hathor e a vaca levantou as duas patas dianteiras, ficou de pé e se transformou numa gigantesca mulher negra de uns três metros de altura com duas longas e grossas tranças, mas sem chifres. Ela era diferente da mãe Maria, usava poucas roupas e tinha grande parte do seu corpo a mostra. Também parecia mais objetiva, dona de si e sem querer prestar muita atenção às minhas lamúrias. Hathor bateu seu cajado três vezes no chão e este movimento criou uma explosão similar à de uma bomba atômica, varrendo tudo que havia de denso em cada centímetro cubico daquele cômodo. Fez o mesmo em todos os outros cômodos da clínica e em minha casa e carro. Então ela se virou de costas para ir embora enquanto eu pensava que gostaria de falar-lhe. Ela me olhou girando apenas a cabeça, com um ar de pouca paciência, do alto da sua gigantesca estatura e eu resolvi lhe perguntar sobre assuntos corriqueiros que talvez não fossem dignos da importância da consciência que ali se apresentava. Ela então voltou-se para mim, diminuiu de tamanho, se transformou numa mulher de túnica com feições brandas e estatura normal e sentou-se no chão à minha frente com as pernas cruzadas, assim como eu. Me disse que eu necessitava de alívio no coração e felicidade, batendo seu cajado delicadamente três vezes em meu peito, clareando todo o interior do meu corpo. Em seguida bateu a ponta de uma das pétalas do cajado em minha garganta, iluminando e limpando-a[2].
Depois da gentileza da limpeza interna, comecei a lhe perguntar sobre coisas corriqueiras do dia a dia que estavam me preocupando e uma a uma ela foi respondendo e orientando. Não me recordo ao certo como ela se foi, talvez porque não queira deixa-la ir totalmente.
[1] Segundo pesquisa, as primeiras Madonas Negras pintadas eram uma referência à pagã Hathor, por isso a cor de sua pele ser escura. E a imagem de Mãe Maria Aparecida era uma destas madonas negras.
[2] Este segundo movimento é porque eu tenho disfunção tiroidiana.
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