Uma nova ideia do "Eu"
- Zana Machado
- 13 de jun. de 2016
- 4 min de leitura

Perguntei ao universo sobre do que se compunha o "Eu" e a imagem que me veio foi a seguinte: um gigantesco colo onde posso me deitar e onde cabem muitos e muitos seres que, coordenadamente têm uma ideia de unidade autônoma. São elementais, espíritos, cordões ligados à consciências distantes. Todas são partes internas conectadas ao corpo, que ficam ali ou vão e voltam conforme seja necessário ou possível. Lembra um posto avançado de algum lugar distante. O “Eu”, o Self, o “Eu mesmo” são a personalidade encarnada e tudo o que a compõe, desde o corpo físico até a mais sublime energia do espírito. A princípio, podemos olhar este ser de várias formas diferentes:
Ser encarnado – há uma personalidade unificada representante de uma pessoa.
Vidas múltiplas – há uma conjunção de muitas personalidades já vividas em múltiplas vidas sucessivas. Estas vidas podem ser ampliadas para as vidas em outros planetas, o que amplifica a quantidade destas vidas.
Mas o que me foi mostrado, e que eu sinto em minha pele, é algo um tanto diferente e novo. A personalidade encarnada é formada não apenas por uma conjunção de vidas passadas, mas por um grande número de espíritos ou partes de espíritos que se unificam para formar uma única pessoa encarnada. Até agora isso era visto claramente apenas na mente de um esquizofrênico, mas todos os outros homens e mulheres também são assim, só não têm este potencial desperto. Mas muitas pessoas estão começando a aparecer com este potencial desperto, sentindo na pele o que é ter dezenas ou até centenas de seres dentro de si, compondo a sua personalidade encarnada. Mas qual o sentido disso? Porque não somos seres simples como imaginávamos. Eu acredito que durante muito tempo vivemos como se assim fossemos... seres simples, um espirito dentro de um corpo. Mas hoje o ser humano está despertando e seus potenciais todos estão despertando juntos.
Quando olho para o homem das cavernas que aqui viveu, eu vejo um espírito comandando um corpo com auxílio espiritual e alguns outros seres grudados nele para irem se desenvolvendo aqui na matéria. Ele era hospedeiro destes outros espíritos e os ajudava a irem se aclimatando na matéria. Quando olho para o homem que viveu na idade média, vejo um homem tão identificado com a matéria que acreditava piamente que seu corpo era único assim como o seu espirito, e sua mente impedia que todos os outros espíritos com todos os potenciais que o compunham viessem à tona. Mas isto estava em ressonância com a vibração do planeta na época. Imagino que se ele permitisse que todas as suas partes viessem à tona, talvez fosse fulminado e enlouquecesse, pois assumir tudo isso significaria ancorar mais de sua luz, mais de seu potencial, mais de sua mente divina, e o corpo humano naquela época ainda não tinha condições para isso. Mas o ser humano na Terra é um projeto com tempo para acontecer e muitas e muitas etapas. E hoje, com mais luz na matéria planetária e pessoas nascendo com mais capacidade de ancorar luz em seus corpos físicos, a realidade do ser humano como ser espiritual pode ser melhor conhecida.
Foram muitos os esquizofrênicos que nasceram com esta distinção clara sobre sua realidade psíquica e espiritual, mas hoje não é mais necessário ser esquizofrênico para se ter acesso a todas estas partes potenciais que nos compõem. Hoje é possível ter acesso a muitas e muitas de nossas partes sem enlouquecer com a quantidade de informações que se disponibilizam. Por muitos anos várias destas partes eram vistas claramente como espíritos desencarnados, mestres, guias, espíritos obsessores, etc., mas hoje já se fala que muitos deles são criados por nós mesmos. Mas eu digo que não foram simplesmente criados e plasmados por nós mesmos (apesar disso acontecer também, e muito), foram também percebidos. Foi percebido algo que já existia no campo da totalidade do ser.
E como isso é acontece? Um espirito se divide muitas e muitas vezes até ficar pequeno o suficiente para encarnar na matéria, dada a incapacidade da matéria de receber a quantidade de luz que traz um espírito em sua totalidade. Bom, mas sabe-se que do lado de lá não há a divisão que acontece por aqui. Sabemos que no plano espiritual, há tanto mais unificação entre os espíritos quanto mais elevado for a vibração ou a dimensão do ser. Então, este espírito se divide muitas e muitas vezes e quando chega na matéria se congrega com outras partes de outros espíritos para compor um ser que terá a experiência de uma personalidade encarnada.
Este arranjo tanto pode ficar escondido por detrás da ilusão de unicidade do ser nas pessoas que são mais mentais e concretas ou pode ser percebida por outras tantas pessoas, mas cada uma pode dar-lhe um nome e uma explicação diferente para as sensações de muitos vivendo dentro de um corpo. Nem sei se vale a pena citar os vários nomes que são dados par este fenômeno.
Até onde entendi, a vida na matéria é algo espetacular de ser conseguido, um projeto de altíssima tecnologia e capaz de desenvolver o espírito a capacidades nunca antes imaginadas. Este corpo é uma dádiva que deve e pode ser compartilhada por muitos e muitos espíritos que se prontificam a passar pela experiência. Mas um só espírito pode ser algo um tanto torpe e sem rumo, por isso as experiências e conhecimentos de muitos num corpo otimizam o uso da aparelhagem corporal. Assim como também ajuda o acesso de outros seres a informações que necessitem neste plano.
Então, dentro de mim vivem partes de centenas de diferentes espíritos e estes espíritos também vivem dentro de outros corpos.
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